E NÃO É QUE DEU BRASIL?
E melhor, sem Neymar!
Há duas semanas atrás eu tive a oportunidade de conhecer os alunos das quintas séries da Escola Augusta Knorring, em um bate-papo sobre o ofício de escrever. E caso o Brasil vencesse o jogo de domingo, eu prometi que escreveria sobre o tema em retribuição ao carinho e atenção que dedicaram a mim, durante a minha visita à escola. E aqui, estou eu!
E vocês caros leitores, podem estar pensando o que uma coisa tem a ver com a outra! Pois bem, eu os digo que seja a: perseverança.
Eu também estava aborrecida com o time do Brasil, pelas últimas campanhas, pela aparente falta de compromisso dos jogadores, a falta de equilíbrio, de seriedade... Mas na Copa América e sem Neymar (o que por si só, já foi bem convidativo), eu resolvi aplicar a técnica que utilizo na leitura de um novo livro, a de dar uma chance! E pude perceber que algo mudou na equipe, para mim, algo que ficou bem visível no jogo contra a Argentina.
Ali, eu senti vontade de ver mais... de continuar! Vi uma nova equipe, focada, tentando vencer, resistindo. Como disse o jogador brasileiro Daniel Alves, considerado o melhor desta Copa América: "Não estou aqui para calar nenhuma boca, apenas para fazer o meu trabalho e corresponder às expectativas que são criadas em cima de mim".
E foi isso que aconteceu, ou que está acontecendo. O time brasileiro sempre foi um ícone no futebol, tivemos Pelé, Rivelino, Ronaldo, Rivaldo (e claro, que estes craques nos ajudaram muito nisso)... Passamos por uma fase ruim, aonde o R$ falou mais alto do que o comprometimento. Depois de anos, surge uma esperança, junto com: Cebolinha, Marquinhos, Alisson, Arthur, Daniel Alves... Fruto da perseverança!
Na minha opinião o que deu o título ao Brasil, além dos bons jogadores, foram a disposição, o trabalho sério, a persistência e a humildade. O fazer o que se está lá para fazer e fazê-lo da melhor forma possível (claro que eu concordo que eles devem praticar mais o chute a gol, as finalizações, masssss tudo tem o seu tempo, rs).
E é exatamente isso, o que também é necessário na Literatura. Como eu disse aos alunos na semana passada, mesmo considerando uma capa ruim, ou um título ruim, temos que dar pelo menos uma chance ao livro. Na leitura também temos que ser persistentes, tentar iniciar o livro pelo menos por três vezes. E se você se inspirou em ser escritor... a jornada também é esta: disposição, comprometimento e muita perseverança!
Atributos que penso eu, todo estudante de escola pública aprende desde cedo! O ser “resiliente”. A luta de cada dia é cheia de adversidades, mas os sonhos são grandes e o potencial de realizar é ainda maior. Todo dia é preciso lembrar e relembrar que: não há bom trabalho que com o tempo não seja notado. Como não há esforço que no seu tempo necessário não seja retribuído.
O que precisamos é resistir! E realizar da melhor maneira tudo aquilo que está sobre nossa responsabilidade.
Viva ao Brasil!
Viva aos estudantes das escolas públicas!
Viva aos guerreiros da literatura!