... quando a minha mão se arrasta sobre o mundo!
Todo passo que colocamos no chão representa um mundo simbólico que, conscientemente ou não, cultivamos. Essa, de certa maneira, é a responsabilidade que assumimos ao existir. Assumir esse papel nos dá as duas vias da mesma margem: oportunidades e ameaças. Como aquele que sapateia tranquilamente suas próprias vísceras. O que é vital nos é de graça. Nesse caso, a contrapartida à vida é a marca que, em amor, repercutimos no mundo. De toda maneira, o que nos representa não pode ser diferente da matéria da qual somos compostos. Não há via dupla em questões de identidade. Aquilo que sou, aquilo que desejo vir a ser. Por essas e outras, o símbolo que nos traduz ao mundo nos é extremamente caro. O maior grau de sofisticação ainda é a simplicidade. Em toda minúscula e indivisível partícula, há um divino e complexo mundo de sensações, pensamentos e renúncias. Ao sabor e dissabor de ser quem se é. Todo esse potencial simbólico traduzido em uma sintética e objetiva forma enche a alma e se remete às coisas da natureza.
Donde a felicidade tende.
“A verdade fica mais
bonita nua”.
Arthur Schopenhauer