Mais uma vez: 11 de setembro
“A dor me diz que ainda estou vivo”.
Sim. O atentado contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, nos deram uma pequena amostra de como o ser humano, pode chegar ao ápice do seu lado mais extremo e externalizar isso ao mundo, de maneira imediata e absoluta.
Em menos de duas horas quase 3 mil pessoas morreram. Entre os mortos, 343 eram bombeiros de Nova York, 23 eram policias e 37 oficiais do Porto. As vítimas tinham idade entre 2 e 85 anos, sendo 80% dos mortos, homens. Apenas 20 pessoas foram salvas e 58% das vítimas tiveram seus corpos identificados. Todo o fogo só foi apagado 99 dias após o atentado.
Quando a visão se estreita ao ponto de vista unilateral. Quando a crise de representação política se aprofunda, quando há fome e miséria ou mesmo quando existe a fome degenerada pelo dinheiro, pelo poder, conseguimos notar o sujeito que Ana Maria Dietrich descreve em uma de suas entrevistas: "Vemos o ser humano que já perdeu todos os laços de solidariedade. Isolado e sem consciência de classe ou de família, ele se torna um número na massa e é capaz de perpetrar as maiores atrocidades como quem carimba um papel”.
Muito embora, já façam 17 anos, dos atentados terroristas, ainda sentimos pequenos traços de grupos que pregam ideologias da violência, pessoas fanáticas, intolerantes e tomados por crenças absolutistas. “O nós contra eles”, vira e mexe, nos rodeia, nos provoca, nos convida a um ataque irracional, contra nossa própria humanidade. Verdades reveladas, unanimidades burras. Pessoas mal-intencionadas, tencionando fantoches.
Uma reflexão válida: é a aceitação de valores diferentes. Obviamente que não devemos e até não consigamos concordar com os milhares de pontos de vista existentes na diversidade brasileira, no mundo, mas isso não nos impede de praticar o exercício de respeitá-las. Respeito, diálogo positivo, autocrítica. O conflito é inevitável, a resposta a ele, é passível do nosso posicionamento.
Hoje mais do que nunca, questionar e evoluir: mais amor e menos ódio, por favor.