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Não existe almoço grátis


E mesmo que houvesse, o “governo” já o teria devorado.



Hoje diante da greve dos caminhoneiros, que já não é mais apenas deles. O brasileiro, de lombo torto, não teme a falta de alimentos, de atendimento do SUS e tantas outras coisas, que sempre lhe faltaram. Os elementos são os mesmos. Devidas as proporções. A mídia paga e muito bem paga, coloca seus holofotes sobre o drama da abstinência, se esquece, que o brasileiro vive todo dia, o seu próprio colosso.

Alguns politiqueiros e marqueteiros reclamam a democracia, revivem os tempos de ditadura, nunca vividos por este país. O Brasil nunca teve uma democracia plena. Como diria um amigo, “é muito esforço para não se dar às coisas o nome que elas têm”.




A culpa não é da Dona Maria que bateu panelas.

Não é do caminhoneiro que paralisou sua atividade e franziu o cerro.

Não é da população que pede a intervenção militar.



Não há interesse em adentrar o poço, quando o povo se satisfaz com “pão e circo”. É nesta retórica, que se mantém uma corja de corruptos no seio de Brasília. E mesmo que houvesse um bom ladrão, ele também seria pregado a cruz. Porque, não há boa semente que vingue, em terreno baldio.

Não há boa fé, não há palavra. Em pessoas que não perdem. Enquanto compensar, não há renúncia. Se reclama a luta por necessidade, quando tantos lutam a vida toda, por ambição.


Até mesmo, o senso de humor do Brasileiro, um dia acaba.


Não sejamos hipócritas, ao tanto, que já o somos, em continuar a nossa procrastinação diária, fingindo não saber que o que mais falta neste governo, é justamente “governar”. Não é desrespeitar a Pátria, reconhecermos que o Brasil é um trem descarrilhado, devido as investidas dos politiqueiros e a submissão do povo. Afinal, é o Estado que nos importa, nele, o “poder emana do povo”.




A caixa de pandora está sendo aberta.

E a olhos nus, assistimos aos dramas de nossa própria existência. Para o bem, ou para o mal. Nos resta seguir. Doses homeopáticas, hoje: não são bálsamos. A crise deve ensinar mais ao povo, do que ao governo. Como já o fez Maquiavel, “não se evita uma guerra, ela é apenas adiada para sua própria desvantagem”.


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