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POR QUÊ?


... ainda existem em torno de 781 milhões de adultos não-alfabetizados no mundo?

... milhões de crianças com idade para frequentar escola primária ainda não tem habilidades básicas de leitura e escrita?

... pelo menos 121 milhões de crianças estão fora da escola?

... 24 milhões de crianças no mundo nunca pisarão em uma sala de aula?

... os índices do IDEB das escolas públicas frequentemente não alcancem os padrões mínimos de qualidade requeridos?

... o Brasil ocupa a 75ª posição no ranking de IDH mundial?



“Paz em todo lar, toda rua, toda aldeia, todo país — esse é o meu sonho. Educação para toda criança do mundo. Sentar numa cadeira e ler livros com todas as minhas amigas, em uma escola, é um direito meu. Ver todo ser humano com um sorriso de felicidade é o meu desejo. Eu sou Malala. Meu mundo mudou, mas eu não. ”



Nas raras vezes em que forçamos o ponteiro do relógio pós-moderno a fazer uma rápida parada, e nos questionamos acerca da situação em que vive o “ser humano”, dificilmente nos recorre a pergunta: porque o direito básico à educação não é resguardado às nossas crianças?


“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. ” Constituição Federal de 1988, artigo 205.

O pequeno indiano Rajesh Kumar Sharma, leciona embaixo de viaduto para crianças sem acesso à escola.

A maioria dos suspiros e desabafos que percorrem na surdina do capital, chegam aos nossos ouvidos e nos dizem que a “humanidade” talvez não esteja tão feliz com a sua própria situação e a luz do fim do túnel poucas vezes é considerada a Educação! Nos esquecemos de Paulo Freire, que alertava que a "educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. E pessoas transformam o mundo". O que há de mais urgente do que isso?




... e a quem interessa transformar o mundo?





Ou seja, "a educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele", já nos disse, Hannah Arendt. Disposição esta, necessária para que meninas como Malala, não precisem colocar em risco a sua vida em troca da tentativa de proteção aos seus direitos básicos. Compromisso que em larga escala de tempo viabilizaria o direto de toda criança, ser criança, em todas as suas possibilidades de “ser humano”.

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